Abandono afetivo e os direitos da personalidade: uma releitura em face da necessidade probatória dos danos e o dever de convivência familiar

Autores

Palavras-chave:

Dano. convivência familiar. Direito da personalidade. Responsabilidade civil.

Resumo

O presente trabalho científico tem como foco uma releitura das decisões judiciais relativas ao abandono afetivo e a forma de sua responsabilização civil. Busca-se através do método hipotético-dedutivo e em pesquisa bibliográfica jurisprudencial compreender as consequências do abandono e os danos causados à criança e ao adolescente, e seus reflexos na fase adulta, bem como toda a complexibilidade que permeia as relações paterno-materno-filiais. Ressalta-se, consequentemente, que o abandono afetivo é um dano à estrutura psíquica dos filhos que jamais poderá ser reparado em sua integralidade, mas que a indenização é medida que se impõe, visto tratar-se de um ato ilícito. Conclui-se que o descumprimento do dever de convivência gera uma lesão aos direitos da personalidade da pessoa abandonada, porquanto um dano in re ipsa, o que não tem sido vislumbrado pelo Poder Judiciário que tem exigido, em muitos casos, a efetiva prova do dano.

Biografia do Autor

Valeria Julião Silva Medina, UniCesumar, Maringá, Paraná

Pós-doutora em ciências jurídicas pela UniCesumar - Universidade Cesumar, Maringá - PR. Doutora e Mestre em Direito pela Unesa - Universidade Estácio de Sá - RJ. Professora e Advogada.

Diego Fernandes Vieira, UniCesumar, Maringá, Paraná

Professor no curso de Direito da Faculdade Maringá - CESPAR, Maringá-PR. Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Cesumar - UniCesumar, Maringá - PR (Bolsista PROSUP/CAPES). Pós-graduado em Psicologia Educacional, Direito Civil e MBA em Gestão Empresarial pela Uniasselvi - Centro Universitário Leonardo da Vinci, Paranavaí - PR. Bacharel em Direito pela UniCesumar - Universidade Cesumar, Maringá - PR.

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Publicado

23.11.2022

Como Citar

Medina, V. J. S., & Vieira, D. F. (2022). Abandono afetivo e os direitos da personalidade: uma releitura em face da necessidade probatória dos danos e o dever de convivência familiar . Revista Brasileira De Direito Civil, 31(03), 29. Recuperado de https://rbdcivil.ibdcivil.org.br/rbdc/article/view/724